Território
Possui área geográfica de 267 Km², incluindo-se os Distritos de Água Verde, Itacima, Dourado, Baú, e São Jerônimo. Encontra-se a 26,1 Km da capital cearense, tendo como via principal de acesso a Ce-060.Está localizado na região dos maciços residuais, comumente chamados de serras dispersas pelas depressões sertanejas, formando um complexo paisagístico de extrema singularidade.
- Clima
- Altitude
- Solo
- Recursos Hídricos
- Açudes
Economia
- Características Econômicas
A cidade de Guaiúba, apesar de possuir uma pequena densidade demográfica e uma área de urbanização pouco desenvolvida, apresenta uma tendência de incorporação aos processos em curso na região Metropolitana de Fortaleza. É o caso da área nuclear, constituída pela cidade de Fortaleza.
A partir da área nuclear, iniciou-se uma dinâmica de desconcentração de atividades industriais em suas circunvizinhanças, na década de 80, tornando-se um centro de porte regional e inter-regional de serviços.
No início, este fenômeno concentrou-se fortemente no município de Maracanaú, sendo hoje notório seu deslocamento em direção a Pacatuba e Guaiúba. Tal tendência abre novas possibilidades de suprimentos urbanos provenientes do setor primário, situado na área de influência próxima, bem como dos serviços no setor de transformação industrial.
- Principais atividades
História
- Denominação
- Século XIX
- Produção de café gera povoamento
A história de Guaiúba começa nos primeiros anos do século XIX, com o início da produção de café nas Serras de Baturité e Aratanha, cujas terras se adaptavam ao cultivo dos grãos. Além do café, foi produzido na região o algodão - produto muito importante para o desenvolvimento da cidade de Fortaleza, que o exportava para outras partes do mundo. Com o crescimento da produção agrícola, Guaiúba, que fica na região, passou a ser habitada.
Segundo o historiador cearense Raimundo Girão, o fazendeiro Domingos da Costa e Silva foi o introdutor da cultura de café nessa região.
A família de Costa e Silva inclui membros ilustres, a exemplo de seu sobrinho Juvenal Galeno, grande escritor e deputado da então província. Liberalina Angélica da Silva, sobrinha, ficou conhecida como Baronesa de Aratanha, pois era casada com José Francisco da Silva Albano, o famoso Barão de Aratanha. Albano recebeu este título em decorrência do seu poder econômico como proprietário de terras e produtor de café.
Seguindo a família Costa e Silva, outros núcleos familiares estabeleceram-se em Guaiúba. Segundo o memorialista local, Sinval Leitão, as primeiras famílias que chegaram por lá foram: Araújo, Accioly, Teixeira-Lima, Tristão-Cavalcante, Benevides, Alves, Pereira, Pinheiro, Cabral, Moreira, Valentim, Nocrato, Saturnino e Lima-Verde, entre outras.
- 1872
- Estrada de ferro alavanca desenvolvimento
Os moradores mais antigos contam que, inicialmente, a área urbana de Guaiúba tinha a seguinte configuração. Era um pequeno núcleo formado por três ruas. A Rua Cel. João Correia Mendes é, e já era, a principal via de acesso. De um lado dela, estava a linha férrea, do outro, a CE-060. Havia também a Rua Antônio Acioly, onde se localizava a Capela do Santo Cruzeiro, construída entre 1930 e 1931. E, por fim, a Rua Doutor Leiria de Andrade, conhecida, anteriormente, por Rua Velha.
Por entre tais ruas, estavam os dois grandes mananciais aquosos desta comunidade. No sentido Fortaleza-Baturité, o Rio Guaiúba corria com suas águas límpidas, com nascente na Serra da Aratanha. No lado oposto, estava o Riacho do Cachimbo.
Outro fato curioso é que na região próxima à Igreja Matriz foi instalado o Cemitério. De certo, o fato de esse espaço ter sido preenchido por um cemitério contribuiu para que aquela região recebesse um desenvolvimento lento. Somente nos anos 90 do século passado, o espaço foi ocupado por construções importantes, o Hospital Municipal e o Terminal Rodoviário, o que transformou a paisagem do antigo logradouro, denominado, pejorativamente, de “Alto do Cemitério”.
Com o tempo, surgiram novos espaços habitados, onde depois foram constituídas novas ruas. Dentre elas, pode-se destacar a Rua Mariana Mendes, que ficou conhecida como Rua da Palha, pois a maioria das casas ali era coberta por palha de carnaúba. Ainda de forma pitoresca, havia a Rua 1.º de Maio, conhecida por “Buraco da Jia”. Este nome é por que, segundo contam os antigos, as águas do Riacho do Cachimbo, em épocas de enchente, alagavam as casas, por isso a comparação com a moradia dos anfíbios.
Outro espaço também antigo e de denominação simbólica é a “Rua dos Crentes”. Segundo os evangélicos, o nome é por que tais religiosos passaram a ocupar um mesmo espaço em busca de apoio contra as hostilidades da comunidade católica.
- 1873
- É criada a Vila
- 1899
- Surge a Igreja Matriz
Outro espaço dedicado ao culto católico foi a Capela do Santo Cruzeiro, cuja construção foi iniciada em 1930 e finalizada um ano depois, após a visita de uma missão religiosa que deu origem à devoção ao Santo Cruzeiro. A capela deu origem à importante Festa do Santo Cruzeiro, conhecida por Festa de Setembro, que alcançou maior dimensão do que a Festa do Padroeiro, chegando, inclusive, a serem confundidas.
- 1955
- É criada a Paróquia de Guaiúba
Hoje, em todas as localidades do município, a população dispõe de templos para a realização de cultos religiosos. No município há a presença de grupos cristãos, evangélicos, espíritas (kardecistas) e praticantes de cultos afro-descendentes, podendo ser citados os Candomblé e Umbanda. Todos convivendo de forma harmoniosa.
- 1986
- Plebiscito Decide Pela Emancipação
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.